segunda-feira, fevereiro 08, 2010

RESTAURANTE DE LUXO EM TEMPO DE CRISE

Para além de tudo o que se diz sobre o que o 1.º Ministro andou a fazer no Restaurante do Hotel Tivoli na semana passada, gostaria de saber se o 1.º Ministro estava a almoçar no restaurante do Hotel Tivoli com o dinheiro dos contribuintes. Eu que trabalho e que contribuo com os meus impostos para o país que devíamos ter e não temos não tenho que patrocinar os almoços do 1.º Ministro com os seus amigos em restaurantes de luxo. Há fome em Portugal e o 1.º Ministro deveria lembrar-se disso e ser comedido nas despesas, não só nos restaurantes mas em tudo. Há uma crise que alguém está a tentar pagar e há alguns que vivem como se isso não os afectasse. Era bom que se lembrassem que há fome em Portugal e que há uma crise para ultrapassar.

sexta-feira, outubro 10, 2008

O DISCURSO E A PRÁTICA

É fácil ter casa em Lisboa. E eu que andei a perder o meu tempo a ver casas e mais casas até encontrar a casa, não a dos meus sonhos, outra qualquer, e depois a contar o dinheiro para ver se chegava para a entrada e a pedir dinheiro emprestado ao banco e a pagar juros insuportáveis, eu que me privei e privo das coisas boas da vida para pagar as mensalidades e afinal bastava que me tivesse dirigido à CML para ter uma casa confortável, a bom preço, numa zona de Lisboa agradável. Mas não seria tão fácil assim, não no meu caso. O meu caso não corresponde aos critérios para a concessão das casas: há que ser escritor, artista, cantor, vereador, prémio nobel, e assumir um discurso de esquerdista, que fica sempre bem em televisão, encontros públicos ou em discursos políticos. Fica sempre bem falar dos pobres e maldizer os ricos. Mas na altura em que se deve responder às necessidades dos pobres, os outros, os que menos precisam, aqueles com discursos politicamente correctos e com práticas incorrectas, são os favorecidos. Claro, que há muitos casos em que isso não acontece, mas quando acontece é triste e vergonhoso.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

CRISE? ONDE?!

Há algum tempo o nosso PR concedeu uma entrevista à Maria João Avilez na SIC Notícias. Falou-se na crise. Ouvimos que há que exterminar a mesma e que os governantes juntam esforços nesta tentativa tão difícil mas que acabará por vingar. Numa entrevista, em que se diz aos portugueses que se juntem em torno da ideia de um Portugal melhor e que, não obstante as medidas que recaem sobre o povo estarem a dificultar-lhes a vida as mesmas são, afinal, para o bem futuro, sobressaindo que as políticas que estão a ser aplicadas e as que aí vêm
convergem todas para esse fim, foi bonito de se ver depois de terminada a "conversa" que à saída do edifício estavam cerca de meis dúzia de carros de luxo que transportaram a comitiva que acompanhou o PR. E não se avistou a crise!

A CRISE NÃO É PARA TODOS

Todos os dias somos bombardeados com a existência da crise e que há que a ultrapassar. Quer isto dizer que o povo tem que perder as regalias de que goza há alguns anos. O melhor seria que as regalias dadas a alguns trabalhadores fossem dadas àqueles que trabalham durante anos sem terem esses benefícios. A questão está em saber: deve-se retirar regalias a quem as tem ou fazer com que todos os portuesess possam beneficiar das mesmas? Partilho da última opinião. Não se deve fazer uma política de igualdade por baixo. O que um país desenvolvido faz é conceder aos seus cidadãos, que pagam impostos, os melhores benefícios na saúde, na educação, na justiça, etc. E pergunto: que contribuição dão os políticos a este país para a saída da crise? Continuam a usar os carros do Estado para todas as deslocações (salvo casos excepcionais), os ordenados do pessoal dos gabinetes são exorbitantes a que se juntam regalias excepcionais, gerem as receitas dos impostos do povo com total desgoverno, fazem deslocações para fora do país a qualquer pretexto. São pequenos exemplos de uma lista que não tem fim. Choca-me, e a qualquer português, que se fale em crise e que os governantes deste país continuem a viver como se nada se estivesse a passar. A crise existe para o povo que os elegeu. E só.

MOBY DICK

Independentemente da performance dos actores da peça "Moby Dick", de Herman Melville, da qual nada há a apontar, a peça não se recomanda. Quem quiser conhecer a história do homem que corre atrás da baleia branca para se vingar da mutilação da perna de que o animal foi responsável, será melhor ler o livro. Não é um texto que se adapte a uma peça de teatro. Reconheço o trabalho dos actores que se empenharam e dão o seu melhor mas infelizmente numa peça que nunca deveria estar em cena.

sexta-feira, novembro 18, 2005

Apetece-nos algo diferente

É transparente no Mário os seus três desafios nesta campanha: a idade, a sua formação académica e o Professor Cavaco Silva. São preocupações constantes do Mário que não esconde e não consegue que isso lhe passe ao lado. Em qualquer aparição faz sempre questão de frisar de um modo ou de outro que a idade não conta (e não! essa também é a minha ideia, ninguém deve ser disciscriminado por causa da idade), está sempre a denegrir a formação em Economia e a evidenciar que outra habilitação académica é melhor para o cargo de PR e passa o tempo a desafiar o Cavaco a falar. Desafiar é como quem diz, porque o Mário fá-lo com um tom de quem está a ordenar, a mandar, a exigir, e como já se percebeu que tem batido o pé nesse sentido - é mais forte do que ele - e que não vai desistir até ter atingido o seu propósito ainda o veremos um dia de joelhos a pedir para o Cavaco falar daquilo que o senhor quer. Isto não é alma de democrata, é alma de poder, de déspota, é uma forma de competição baixa e não sadia. Ele quer ganhar esta questão. Quer que o Cavaco fale porque quer e pronto. Se estivesse interessado nas ideias dos candidatos os outros não lhe seriam estranhos; ele não os reconhece como iguais nas mesmas eleições. Parece ser uma coisa pessoal, uma luta que se entende ser só dele pelas razões mais absurdas. E nós queremos lá saber da idade do Mário, da formação do Mário, se o Cavaco vai falar ou não sobre o que o Mário quer, nós queremos outra coisa. Outra coisa diferente disto. Só o Mário ainda não percebeu.

É difícil de entender?

Depois de perguntarem directamente ao Mário sobre outro candidato este falou pela primeira vez de um dos seus colegas na corrida à presidência da República. Para dizer que as chances de ter alguma expressão de votos é mínima já que Alegre não é apoiado por nenhum partido e por isso a massa popular não lhe dará qualquer importância. Mário não sabe o que o povo pensa sobre a máquina partidária, nem a desilusão do povo em relação aos partidos, e é estranho já que diz gostar muito de ouvir o povo e de estar entre o povo. Se não tem o discernimento para perceber o que sente o povo em relação aos partidos - uma coisa tão básica já que qualquer Português mesmo que não sinta esse desencanto tem a percepção dessa desilusão - não serve para PR. Porque se não tem esse discernimento não tem uma ideia para ajudar a mudar este sentimento geral de falência da classe política e pela lógica também não se aperceberá dos problemas com que se debate Portugal neste momento. Mas tenho que ser justa: diz que tem ideias sobre a globalização e a guerra do Iraque. Diz que é um diplomata e conhece os profundos problemas internacionais. Ainda não percebeu que os protugueses estão fartos de teorias, de debates de ideias, de estudos atrás de estudos, sem que isso contribua para o seu bem estar. Queremos acção e boa gestão. É tão simples como isto!

Povo são os outros

Para quem diz que gosta de estar com o povo, entre o povo, conviver com o povo, falar com o povo, ouvir o povo, o Mário dança muito mal o Vira. O que mostra que nunca passou muito tempo com o povo e por isso não absorveu os seus hábitos. E agora pergunto: Porque é que ele acha que povo são os outros? Ai este socialismo!

quinta-feira, novembro 17, 2005

Tortura da fala!

O Mário vive obcecado pelo Cavaco. É uma coisa doentia. Os outros candidatos não existem, ignora-os pura e simplesmente. Assim sendo é notório o défice de democracia por parte do Mário. Alguém um dia disse que perante um País com um grave problema económico o Professor seria de uma grande ajuda no lugar de PR. Mário então aproveita o que pode para reforçar a ideia contrária. Vai ao cinema e diz Eu sou um homem de cultura. O Professor não. Diz que é um homem das leis porque a sua formação académica é Direito. Vai a um encontro sobre a Ciência e diz Eu sou um homem das ciências... das humanidades. E acrescenta que só um homem das humanidades, como ele, poderia resolver o problema que envolve a França neste momento. Mais ridículo do que isto não há. Mas há. Tem "ordenado" que Cavaco fale. Depois da ordem vieram os conselhos no mesmo sentido. O Mário quer à força que as suas ordens sejam cumpridas e os conselhos seguidos. É de bradar aos céus!!! E sente-se em desespero porque por mais que grite, por mais que esperneie, os seus esforços não têm os resultados tão desejados. Seria bom que um candidato à presidência respeitasse os outros candidatos e se mostrasse democrata. Deixar falar quem quer e quando quer (e não quando ele manda). Que faça a sua campanha da forma que quiser e deixe os outros fazê-la como desejarem. Cavaco formalizou a sua candidatura e agora faz o que quer. Se quiser ficar em casa até dia 22 de Janeiro que assim seja. É ele quem decide. O problema é dele.

quarta-feira, outubro 12, 2005

A próstata do Mário

Terminado o anúncio da sua candidatura, com um discurso enumeratório dos lugares que ocupou desde 0 25 de Abril e com um chorrilho de elogios à sua própria pessoa, Mário apanhou um avião e foi espalhar a notícia ao país irmão. Ainda e só como candidato começou logo a viajar. A sua paixão pelas viagens ainda não arrefeceu. Se a eleição lhe for favorável é mais que provável que tenhamos um presidente ausente. Em terras brasileiras andou a dizer às pessoas "Sou candidato a presidente. Sou candidato a presidente" e entre abraços e beijos de felicitações deu uma conferência de imprensa onde pôs a nu o seu "boletim de saúde". Revelou então que estava de perfeita saúde e que nunca tinha tido um AVC nem outra coisa do género nem tem problemas na próstata. Felizmente para ele. Já agora e porque a conversa de um candidato à presidência portuguesa chegou a este ponto o Mário podia também ter informado o mundo inteiro se sofre ou não de disfunção eréctil e se é sexualmente activo. Está provado que o povo gosta de saber destas coisas e assim sendo o Mário podia angariar votos falando destes temas.
O Mário cometeu um grande erro quanto à localização destas intervenções. No Brasil podia ter enchido os ouvidos dos brasileiros com discursos sobre os cargos políticos que ocupou e deixar para nós o melhor desta história, confessando, no recanto do nosso país, no momento da candidatura, que não tinha problemas de próstata. Para nós bastava! Melhor ainda: podia falar apenas da sua próstata e deixar a candidatura de lado. Pensando bem, um homem que se candidata contra a depressão do país mas que faz comédia noutro, que dá o melhor espectáculo fora de portas, não é certamente um bom candidato!

segunda-feira, setembro 12, 2005

ONDE COMEM 100 COMEM 1000

Está já decidida a afectação de viaturas com motorista aos funcionários dos Ministérios, Secretarias de Estado, Câmaras Municipais e ainda das Forças Armadas (incluindo aqui os graduados de patentes mais baixas). Um porta-voz do Governo explicita que por uma questão de igualdade e já que a maior parte dos funcionários e graduados das FA se deslocam em carros do Estado pagos pelos contribuintes foi decidido adquirir viaturas para os restantes funcionários que não se encontram ainda em idênticas condições. Atendendo a que muitos poucos funcionários não gozam deste privilégio as despesas com esta aquisição e contratos com motoristas não são significativas.

quinta-feira, setembro 08, 2005

À procura da democracia

A nossa democracia faliu. Não há democracia. O que existe é um número substancial de pessoas a abusar das facilidades do sistema. A classe política é a mais favorecida, e são mais do que muitos. Vivem à conta de um país economicamente arrasado mas não prescindem das suas regalias e estas também são mais do que muitas. Não me falem em serviço público e dedicação à causa porque são pouquíssimos os que se norteiam por estes valores. Porque muitos correm atrás dos seus interesses, do poder, da vaidade, do mérito dos lugares, das mordomias. Para além destes existem cidadãos que tentam sem grande esforço enganar o sistema e lá se vão safando. E existem os que tentam sobreviver, que vivem miseravelmente e que são esquecidos pelo poder político durante o tempo que medeia as eleições. Na altura das eleições são os alvos dos candidatos para ganharem votos. E o que se faz para ganhar votos? Ditam-se promessas desprovidas de seriedade, dão-se beijinhos, espalham-se sorrisos a torto e a direito, dão-se palmadinhas nas costas, dançam juntos o vira, deleitam-se com copos de três nas feiras ou numa tasca de esquina só para não fazer a desfeita ao povo e para parecer que 'somos todos iguais' e todos parecem amigos. É uma alegria para não dizer fantochada. Depois das eleições um ataque de amnésia invade os políticos. A alegria do convívio com o povo desvanece-se e os políticos colocam-se a si próprios num patamar acima do simples mortal. A democracia existe apenas no momento em que votamos. Aí sim podemos escolher e o povo exerce o poder. Mas mesmo assim o poder é limitado porque seja quem for o eleito sabemos de antemão que nada muda. Quer dizer muda um bocadinho mas só ao nível de posições, porque as pessoas são as mesmas, as políticas são as mesmas, apenas os cargos que ocupam são diferentes. As mesmas caras vão rodando nos lugares. Tudo se mantém. Apenas a democracia não fica. Foi-se. Acabou. Foi assassinada de morte lenta.

Mais do mesmo

O homem voltou. O homem que criou para si todas as condições para fazer da política o seu modo de vida. Ele que ocupou diversos cargos políticos durante largos anos e afinal tão pouco fez pelo país, basta que olhemos para o estado desta nação. No seu discurso de candidatura referiu que é candidato porque o povo anda deprimido. Imagino que se conseguir ser eleito ao invés de enfadonhos discursos políticos passará a contar anedotas para animar a população. Bem se voltar a viajar como viajou já é razão para nos pôr a rir... de tanto apetecer chorar. No seu discurso referiu que tinha duas fundações (uma com o seu nome). Esqueceu-se de dizer que era subsidiada pela Câmara Municipal de Lisboa quando João Soares era Presidente com o dinheiro dos contribuintes. Nós pagamos impostos e o dinheiro vai para uma fundação que provavelmente é uma prioridade nacional e nós não sabemos. Destacou no seu discurso a sua vida política (não havia nada mais para destacar - é um homem que fez carreira na política e mais nada! Parece-me até que fez mais carreira do que política). Disse ter sido Deputado ao Parlamento Europeu mas esqueceu-se de dizer que era o Deputado mais faltoso na altura. E de certeza que foi por falta de tempo que não mencionou o episódio que envergonhou Portugal, que ficou ou devia ficar retido na memória de todos os portugueses por ter sido a ideia mais emblemática defendida pelo grande senhor da política portuguesa: as mulheres deviam estar em casa a coser meias. No dia das eleições é o que farei: ficarei em casa não a coser meias mas a fazer algo por mim e pelo país, ou seja, a produzir.

quinta-feira, maio 05, 2005

A busca do amor

Pessoas há que têm o sonho de encontrar um grande amor mas apenas procuram alguém para libertar energias. Estou em crer que as pessoas não têm paciência para esperar, para deixarem acontecer e deixar entrar na sua vida o amor que almejam. Querem tudo depressa, viver depressa; e como sabemos o amor não se encontra quando queremos. Deve ser grande a frustração: querer um amor e apenas ter prazer carnal. Por isso há por aí muita infelicidade na área sentimental.

Poesia

A não perder o momento de poesia que se segue ao telejornal das 20 horas na RTP1. Grande momento de televisão!

segunda-feira, abril 04, 2005

Gostaria de ter fé. Aquela fé que as pessoas demonstram ter quando encaram a morte como uma passagem e entendem esse momento como de felicidade e não de tristeza. E isto porque acreditam que as almas naquele momento se encontram com Deus que lhes oferece um lugar de luz, paz e amor. Quando penso nos meus avós vejo-os assim: juntos (sempre), felizes por estarem um com o outro, a olharem por mim, e na Glória de Deus. Não sei se isto é fé ou se é o meu amor por eles a falar mais alto a querer acreditar que eles perduram para além da morte e que estão em felicidade permanente e eterna, tal como merecem. Seja uma coisa ou outra espero que assim seja.

terça-feira, março 29, 2005

Rui Unas o intragável

Rui Unas não consegue acertar. Presumo que tenta mas não acerta. O Cabaret da Coxa é deplorável e o Inimigo Público está na mesma onda. Ele bem estrebucha, ele faz esgares, ele abre os olhos numa tentativa frustrada de dar alguma comicidade aos textos que de cómico nada têm. Não foi talhado para a coisa. Isso é que é a verdade. Ele e o Herman podiam apresentar um programa juntos cheio de palhaçadas paupérrimas nas quais eles são mestres. Assim estragava-se só um programa e não três.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Seinfeld

A melhor série de humor de todos os tempos aí está para matarmos saudades. Seinfeld consegue ser hilariante sem o recurso a linguagem vulgar como é apanágio de qualquer série ou programa de televisão que tenha subjacente a ideia de fazer rir. Não recorre a palavrões, nem a piadas sobre sexo de baixo nível, nem caricatura a política. Serve-se de situações do dia-a-dia exacerbando-as e ridicularizando-as. É o exemplo máximo de entretenimento. Percebe-se ali subtileza e inteligência.
Nós por cá temos alguns programas de comédia e outros de entretenimento que incluem momentos de humor, os quais são completamente dispensáveis. A saber: "Malucos do Riso" é intragável. As séries com o Camilo são lixo. Algumas coisas do Herman são boas mas a maior parte é deplorável. O Cabaret da Coxa é a vergonha nacional. E por aí adiante. São muitos os maus programas de humor.
Existem alguns que merecem destaque positivo no meio de todo este humor atrofiado: O Contra-Informação caracterizado por um sentido de humor inteligente e claro Os Gatos Fedorentos. Algumas preciosidades no meio do desastre humorístico. O desastre humorístico que tenta entreter um país e que entretém! Há falta de melhor.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Produtividade

A par de outros problemas Portugal padece de falta de produtividade. Esta é essencial para o desenvolvimento da nossa economia e como tal receitam-se umas quantas medidas e pede-se um esforço comum para que o nosso País produza mais e melhor. E neste âmbito defendo que deve ser dado um sinal por parte da classe política que passa pela redução do actual número dos representantes da nação. São muitos para o país pequeno que somos e alguns produzem muito pouco ou nada! Ganhava-se em produtividade e para além disso reduzia-se a despesa pública.
E a defesa desta medida não assenta no conceito de que o exemplo deve vir de cima (o exemplo deve vir de cada um) mas numa questão de justiça e igualdade que os políticos tanto apregoam como valores que deveriam guiar a nossa sociedade democrática mas pelos vistos não guiam.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

O HOMEM QUE QUERIA SER FAMOSO À FORÇA

O Rui Unas passava os dias em casa a olhar para o espelho e a dizer Quero ser famoso. Quero ser famoso. Um dia toca o telefone. Era a Sic Radical Estamos a pensar num programa e o RU Podem contar comigo e a SR E queríamos que fosses o apresentador. E o RU a não caber em si de contente Já lá estou. Faço tudo, de tudo. Até o pino. E dispo-me. Se preciso for dispo-me. A SR elucida Precisamos de alguém que se vista com camisas havaianas, debite umas piadas, quer dizer não são bem piadas, um texto com pretensão a ter piada mas pode não ter. E o RU É a minha cara. Quando começo? E a SR Queres mesmo? Tens que falar com um papagaio e com uma mulher que está sempre sentada numa cadeira para enfeitar o cenário. O RU em desespero Quando começo? A SR Tens que fazer uns esgares, umas caretas, ou seja, tens que contorcer a cara para alegrares a malta. Depois dizes uns palavrões, do mais palavrão que há, e se tivermos sorte em termos alguém que queira se mostrar no nosso programa, tens que fazer umas perguntas idiotas sem nexo nenhum. É fácil. É só não teres vergonha de fazer figura de palhaçote. O RU Acertaram em cheio. É isso que eu quero para ser famoso. Ser palhaçote.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Urano

Soube um dia destes que Urano faz oposição a Urano quando entramos nos 40 anos e aí se instala durante 1 ano. E qual é o objectivo de Urano? Trazer infelicidade, irritação, frustração, desinteresse, desalento, preguiça, falta de amor próprio, falta de vontade, falta de dinheiro e até consegue acabar com as relações sentimentais. Um rol de desastres, é o que é. A ser verdade deve-se evitar a todo o custo iniciar uma relação um pouco antes dos 40 anos. E porquê? Para não atezanar a vida ao nosso parceiro com os nossos maus humores durante esse período. E também - se a relação terminar - para não vermos dobrada a frustração que já por si Urano nos impõe. Ninguém aguenta! Não se deve por isso marcar casamento para os 40 anos sob pena de junto à data de tão feliz dia termos que devolver os presentes, de perdermos o dinheiro da vestimenta e festa, e de nos vermos e aos nossos familiares envergonhados perante os convidados. A que se junta a trabalheira de desfazer o crédito bancário da casa dos nossos sonhos. Por isso pouco antes dos 40 deve-se apenas iniciar e ter uma relação colorida em detrimento de um compromisso. E só depois dos 41 avançar para um futuro a dois já sem a nefasta influência de Urano a si próprio. Malvado!
16h54m 6.ª feira 7 de Janeiro de 2005

Os coristas



Obrigatório ver o filme "Os Coristas", de Christophe Barratier. Em exibição no Quarteto.
19h12m 7 de Janeiro de 2005, 6.ª feira

Criação

Segundo os entendidos a posição dos planetas na hora do nosso nascimento rege a nossa vida. Ora, se os planetas fizerem uma boa posição a vida correrá pelo melhor. Se fizerem uma conjugação assim-assim a nossa vida será de luta mas com algum sucesso. Mas se a posição dos planetas não for favorável remaremos contra a maré durante toda a vida. A ser verdade, um conselho: antes de dar à luz uma criança deve-se consultar um astrólogo para saber as horas das melhores posições dos planetas. Quando chegar a altura de o mundo acolher outra criança e se não for a hora em que os planetas se encontrem numa conjuntura favorável a parturiente deve fazer um esforço e esperar os minutos necessários para dar ao mundo uma pessoa feliz e de sucesso.
13h35m 6.ª feira 7 de Janeiro de 2005

Flordelaranjeira

Flor de laranjeira porque símbolo da pureza. E é assim que me vejo: pura e simples. Nos sentimentos, nas palavras, nos gestos. Sem capas. Quem olha para mim vê aquilo que eu sou. E quero acreditar na bondade das pessoas, que as suas intenções são boas, que o mundo será melhor. E de cada vez que sou traída, enganada, iludida, apanhada pela maldade, trucidada por jogos, todo o meu ser se sente esmagado e, pior, sem capacidade de resposta. Mas logo de seguida ergo-me das cinzas para voltar a acreditar nas pessoas, nessas mesmas pessoas, e a ter fé que nós todos construiremos um mundo melhor. Um mundo de flores de laranjeira.
19h41m 5.ª feira 6 de Janeiro de 2005