quinta-feira, janeiro 18, 2007

CRISE? ONDE?!

Há algum tempo o nosso PR concedeu uma entrevista à Maria João Avilez na SIC Notícias. Falou-se na crise. Ouvimos que há que exterminar a mesma e que os governantes juntam esforços nesta tentativa tão difícil mas que acabará por vingar. Numa entrevista, em que se diz aos portugueses que se juntem em torno da ideia de um Portugal melhor e que, não obstante as medidas que recaem sobre o povo estarem a dificultar-lhes a vida as mesmas são, afinal, para o bem futuro, sobressaindo que as políticas que estão a ser aplicadas e as que aí vêm
convergem todas para esse fim, foi bonito de se ver depois de terminada a "conversa" que à saída do edifício estavam cerca de meis dúzia de carros de luxo que transportaram a comitiva que acompanhou o PR. E não se avistou a crise!

A CRISE NÃO É PARA TODOS

Todos os dias somos bombardeados com a existência da crise e que há que a ultrapassar. Quer isto dizer que o povo tem que perder as regalias de que goza há alguns anos. O melhor seria que as regalias dadas a alguns trabalhadores fossem dadas àqueles que trabalham durante anos sem terem esses benefícios. A questão está em saber: deve-se retirar regalias a quem as tem ou fazer com que todos os portuesess possam beneficiar das mesmas? Partilho da última opinião. Não se deve fazer uma política de igualdade por baixo. O que um país desenvolvido faz é conceder aos seus cidadãos, que pagam impostos, os melhores benefícios na saúde, na educação, na justiça, etc. E pergunto: que contribuição dão os políticos a este país para a saída da crise? Continuam a usar os carros do Estado para todas as deslocações (salvo casos excepcionais), os ordenados do pessoal dos gabinetes são exorbitantes a que se juntam regalias excepcionais, gerem as receitas dos impostos do povo com total desgoverno, fazem deslocações para fora do país a qualquer pretexto. São pequenos exemplos de uma lista que não tem fim. Choca-me, e a qualquer português, que se fale em crise e que os governantes deste país continuem a viver como se nada se estivesse a passar. A crise existe para o povo que os elegeu. E só.

MOBY DICK

Independentemente da performance dos actores da peça "Moby Dick", de Herman Melville, da qual nada há a apontar, a peça não se recomanda. Quem quiser conhecer a história do homem que corre atrás da baleia branca para se vingar da mutilação da perna de que o animal foi responsável, será melhor ler o livro. Não é um texto que se adapte a uma peça de teatro. Reconheço o trabalho dos actores que se empenharam e dão o seu melhor mas infelizmente numa peça que nunca deveria estar em cena.