sexta-feira, novembro 18, 2005

Apetece-nos algo diferente

É transparente no Mário os seus três desafios nesta campanha: a idade, a sua formação académica e o Professor Cavaco Silva. São preocupações constantes do Mário que não esconde e não consegue que isso lhe passe ao lado. Em qualquer aparição faz sempre questão de frisar de um modo ou de outro que a idade não conta (e não! essa também é a minha ideia, ninguém deve ser disciscriminado por causa da idade), está sempre a denegrir a formação em Economia e a evidenciar que outra habilitação académica é melhor para o cargo de PR e passa o tempo a desafiar o Cavaco a falar. Desafiar é como quem diz, porque o Mário fá-lo com um tom de quem está a ordenar, a mandar, a exigir, e como já se percebeu que tem batido o pé nesse sentido - é mais forte do que ele - e que não vai desistir até ter atingido o seu propósito ainda o veremos um dia de joelhos a pedir para o Cavaco falar daquilo que o senhor quer. Isto não é alma de democrata, é alma de poder, de déspota, é uma forma de competição baixa e não sadia. Ele quer ganhar esta questão. Quer que o Cavaco fale porque quer e pronto. Se estivesse interessado nas ideias dos candidatos os outros não lhe seriam estranhos; ele não os reconhece como iguais nas mesmas eleições. Parece ser uma coisa pessoal, uma luta que se entende ser só dele pelas razões mais absurdas. E nós queremos lá saber da idade do Mário, da formação do Mário, se o Cavaco vai falar ou não sobre o que o Mário quer, nós queremos outra coisa. Outra coisa diferente disto. Só o Mário ainda não percebeu.

É difícil de entender?

Depois de perguntarem directamente ao Mário sobre outro candidato este falou pela primeira vez de um dos seus colegas na corrida à presidência da República. Para dizer que as chances de ter alguma expressão de votos é mínima já que Alegre não é apoiado por nenhum partido e por isso a massa popular não lhe dará qualquer importância. Mário não sabe o que o povo pensa sobre a máquina partidária, nem a desilusão do povo em relação aos partidos, e é estranho já que diz gostar muito de ouvir o povo e de estar entre o povo. Se não tem o discernimento para perceber o que sente o povo em relação aos partidos - uma coisa tão básica já que qualquer Português mesmo que não sinta esse desencanto tem a percepção dessa desilusão - não serve para PR. Porque se não tem esse discernimento não tem uma ideia para ajudar a mudar este sentimento geral de falência da classe política e pela lógica também não se aperceberá dos problemas com que se debate Portugal neste momento. Mas tenho que ser justa: diz que tem ideias sobre a globalização e a guerra do Iraque. Diz que é um diplomata e conhece os profundos problemas internacionais. Ainda não percebeu que os protugueses estão fartos de teorias, de debates de ideias, de estudos atrás de estudos, sem que isso contribua para o seu bem estar. Queremos acção e boa gestão. É tão simples como isto!

Povo são os outros

Para quem diz que gosta de estar com o povo, entre o povo, conviver com o povo, falar com o povo, ouvir o povo, o Mário dança muito mal o Vira. O que mostra que nunca passou muito tempo com o povo e por isso não absorveu os seus hábitos. E agora pergunto: Porque é que ele acha que povo são os outros? Ai este socialismo!

quinta-feira, novembro 17, 2005

Tortura da fala!

O Mário vive obcecado pelo Cavaco. É uma coisa doentia. Os outros candidatos não existem, ignora-os pura e simplesmente. Assim sendo é notório o défice de democracia por parte do Mário. Alguém um dia disse que perante um País com um grave problema económico o Professor seria de uma grande ajuda no lugar de PR. Mário então aproveita o que pode para reforçar a ideia contrária. Vai ao cinema e diz Eu sou um homem de cultura. O Professor não. Diz que é um homem das leis porque a sua formação académica é Direito. Vai a um encontro sobre a Ciência e diz Eu sou um homem das ciências... das humanidades. E acrescenta que só um homem das humanidades, como ele, poderia resolver o problema que envolve a França neste momento. Mais ridículo do que isto não há. Mas há. Tem "ordenado" que Cavaco fale. Depois da ordem vieram os conselhos no mesmo sentido. O Mário quer à força que as suas ordens sejam cumpridas e os conselhos seguidos. É de bradar aos céus!!! E sente-se em desespero porque por mais que grite, por mais que esperneie, os seus esforços não têm os resultados tão desejados. Seria bom que um candidato à presidência respeitasse os outros candidatos e se mostrasse democrata. Deixar falar quem quer e quando quer (e não quando ele manda). Que faça a sua campanha da forma que quiser e deixe os outros fazê-la como desejarem. Cavaco formalizou a sua candidatura e agora faz o que quer. Se quiser ficar em casa até dia 22 de Janeiro que assim seja. É ele quem decide. O problema é dele.